Sextou, Textou!

  A Poupa reza pra Eu sou! Mas na vizinhança todo mundo reza pra Allah : o Camelo, o Dromedário, o Leão-asiático, a Hiena-listrada, o Falcão e o Pássaro-sol... A Poupa odeia todo mundo que reza pra Allah  e todo mundo que reza pra Allah odeia a Poupa! E o pior é que todos eles são irmãos: a Poupa, que reza pra Eu sou!  e todo mundo que reza pra Allah ! Sim, são todos irmãos! Tudo filho do mesmo pai!  Só que a Poupa é filha de uma mãe e todos os outros irmãos da Poupa são filhos de outra! Taí a causa da treta toda! A mãe da Poupa é a esposa do pai da Poupa e a mãe de todos os outros irmãos da Poupa é a escrava do pai da Poupa! Pronto! É o puro creme da discórdia! A Poupa diz que é a única herdeira porque é a única filha legítima do pai! E não aceita todos os outros irmãos - de jeito nenhum - porque todos eles são frutos de uma união espúria!  É isso mesmo! Pra Poupa, todos os outros irmãos são bastardos e não tem direito nenhum... Já os irmãos da Poupa - o Camel...

Clique aqui pra ver a Revista! Pois é! O Sextou, Textou! sextou... É que o Sextou, Textou! tá celebrando a sexta participação na Revista Artes do Multiverso ! Pois é! Seis publicações consecutivas!  O Sextou, Textou! sextou na Artes do Multiverso ! Com tudo e mais tudo, na Edição 3, de junho de 2025, que acabou de ser liberada pra divulgação!  Tá fresquinha, fresquinha! Repleta de obra maneira, de gente bacana!  Vai vendo o grau só pela capa!   Três flamingos perto de uma bacia , de 1872, do Mestre  August Allebé, um dos maiores expoentes do Impressionismo da Holanda! O título da coletânea - Parapeito - dá margem a várias concepções: da obviedade da definição do dicionário - barreira de proteção que evita quedas de locais elevados (mureta que previne o acidente) - passando pela ideia pessimista de obstáculo que impede o avanço (parede intransponível que mantém cativos até mesmo os mais corajosos, aqueles "que tem peito") - e chegando à licença poética de des...

- Aê, Professor! Tem uma parada martelando aqui na minha mente desde aquele dia da fita da troca das panela lá no Refeitório: como foi que você descobriu o paranauê do Jorginho, do Marquinho e do Vitinho pra esconder as panela da Zelma atrás da cortina e colocar as deles na bancada? O Educador até que podia ter respondido que tudo tinha  acontecido por acaso mesmo: que a tempestade acabou com o jogo no Morumbi antes da hora; que foi pro Refeitório pra ver se tava entrando água da chuva pelo forro do teto do prédio em condições totalmente precárias; que trombou com Jorginho, Marquinho e Vitinho saindo de lá em atitude suspeita; que uma rajada de vento arrancou as cortinas, revelando as panelas da Zelma, com a comida preparada por ela; que viu outras três panelas na bancada, com besouros, caramujos e mandruvás até as tampas; que ligou os pontos e sacou que os Três Inhos tinham aprontado a estripulia... O Educador até que podia ter mandado a real mesmo, reconhecendo que o plano dos ...

  O Refeitório era - disparado - o lugar mais sagrado do Projeto! Mesmo com a estrutura em condições totalmente precárias, ganhava de longe das duas Salas da Fase I, da Sala da Fase II, da Sala da Assistente Social e até do parquinho e da quadra de areia, que ficavam na lateral e no fundo do prédio - que também tavam nas mesmas condições - e do Morumbi, o campo de grama ao lado da rotatória de acesso ao viaduto construído pra permitir a passagem por baixo da linha do trem. Além das razões óbvias pra toda a devoção das crianças e dos adolescentes, tinha algo especial no Refeitório do Projeto! Não era só pela comida ou pelo local em si. Muito menos pela repetição diária, no modo automático, das ações de simplesmente sentar e comer. É que tinha um verdadeiro ritual, realizado com todo o respeito, com toda a disciplina e também com muita, mas muita fé, mas muita fé mesmo, exigidos pelo momento da refeição. Começava com a oração de agradecimento, rezada por todos no puro creme da mais p...

  Clique aqui pra ver a Revista! Ah, transbordou com tudo e mais tudo! Ah, transbordou com mais de 20 anos de tanque cheio... De ditadura institucional! De suspensão de direitos e garantias! De repressão aos "rebeldes" estudantes! De intervenção nas Universidades Públicas! De sufocação das vozes discordantes! De confisco descabido de bens particulares! De cassação sumária e da caçada sanguinária de representantes diretamente eleitos! De demissão arbitrária de servidores! De restrição violenta de manifestações e protestos! De censura aos "sublevados artistas" De tortura aos "indignados oposicionistas" De assassinatos "legitimados" dos "guerrilheiros" De suicídios forjados dos "insurgentes" De desaparecimentos inexplicados dos "amotinados" De exílios forçados dos "insistentes" De total supressão das liberdades! Ah, transbordou com tudo e mais tudo, como os gritos pela Democracia transbordaram do "Cale-se...

Que título é esse? Ah, esse aí só entende quem estudou na E.E.P.S.G. Coronel José Soares Marcondes - o famoso Bosque - na década de 80! Mas a gente abre pra Geral... Essa aí é só uma amostra do Método Dona Risoleta de ensino das regras de acentuação! No caso, a "frase-código" é pra fixar na mente do aluno as letras finais das palavras que devem ser acentuadas, nas quais a sílaba tônica seja a penúltima; no popular: tasca o acento nas paroxítonas terminadas em L , I , X , ÃO , US , Ã , N , DO , R , UM ! Difícil, né? Maior trampo decorar esse bonde de letra! Que mané, difícil! Que trampo, nada! Só formar um mantra com as terminações, na seguida, e já é! LIXÃO USÃNDO RUM Pronto! Pra nunca mais esquecer! Pra nunca mais ficar na dúvida se acentua ou não a danada da paroxítona!  Coisa de Dona Risoleta ... Aí não tem jeito: o cidadão aprende ou aprende! Só não aprendeu mesmo quem pulava o muro todo dia, na hora do recreio, naquele cantinho, colado nas Salas do Prézinho, pra ir dar...